No começo, não havia nada. Nada além dos dois raminhos de trigo que balançavam ao vento. Os dois estavam cravados na terra árida. Suas sementes estavam secas.
Aquilo era muito triste. A solidão, o silêncio do nada ecoando, o egoísmo de cada um dos dois ramos, que não se falavam nem se ajudavam.
Uma gota de lágrima bastou para que a tristeza acabasse. A terra se nutriu. Os raminhos ganharam força. As sementes secas caíram e nasceram novas, que também caíram e geraram novos raminhos de trigo.
Depois desse dia, a solidão, o silêncio e o egoísmo nunca mais foram vistos.