09 abril 2007

O pastel do português

O português morou desde que nasceu ao lado de uma barraquinha de pastel de chinês. Todas as manhãs, cumprimentava o chinês, desde que nasceu.

A partir dos 7 anos, sua mãe passou a permitir que ele comesse frituras. Todos os sábados e domingos, ele comia pastel, desde os 7 anos.

Aos 13 anos, o português começou a sentir inveja do chinês. Desejava mais do que comer pastéis, desejava ter sua própria barraquinha, desde os 13 anos.

Aos 18 anos, o portuga começou a comprar do chinês não só os pastéis de sábados e domingos, mas a massa de pastel, com a desculpa de que fritaria na casa de sua avozinha doente.

E ao lado da casa de sua avozinha, que de doente não tinha nada, o português abriu sua própria barraquinha. Com apenas uma mesa velha, dois banquinhos e sua avozinha como atendente, o portuga começou a fazer sucesso. Ele fritava e a avozinha vendia. Começaram a vender para os vizinhos da rua, do quarteirão, do bairro inteiro.

Aos 20 anos, o português vendia pastéis para a cidade inteira. E sua avozinha era a avozinha mais cobiçada da cidade.

Aos 22 anos, o português começou a vender pastel de bacalhau. Desde os 22 anos, só ele, a avozinha e o chinês comem o seu pastel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas pastel de bacalhau é bom!

Ou será que não era bacalhau?